terça-feira, 21 de maio de 2013

Efeito Dèjá vu



Os sonhos produzem o verdadeiro efeito Dèjá vu. Palavra francesa que significa "já visto". Um efeito psicológico em que o cérebro produz uma lembrança de pessoas e lugares que já vimos, sem realmente conhecer. E no caso dos sonhos, acontece tanto com olhos abertos quanto fechados.
Quem nunca sonhou com um lugar tão maravilhoso ao ponto de estar lá sem ser nunca visitado? Quem nunca voltou ao pensamento de um outro coração que um dia bateu junto ao seu e que não está mais ao seu lado?

Esses dias, sonhei com uma ex-namorada. Estávamos em um local que frequentávamos periodicamente. Conversamos assuntos que falávamos constantemente. Ríamos, brigávamos. O abraço sempre rolava no final. O beijo com o mesmo gosto. Resultados de uma conversa que sempre durava nos anos de relacionamento.

Com o despertar matinal corriqueiro, eu acordei. Tive um pequeno lamento de pensar que estava num mundo onírico, fantasioso, que me remeteu um momento feliz em minha vida. Mas como uma faca invisível, a realidade cortou qualquer tipo de nostalgia no meu coração e no cérebro. Dois antagonistas em pensamentos sentimentais.

Mas e aquele sorriso que aparece no canto da boca no decorrer do dia, sem motivo algum? Quem nunca sentiu?

Há coisas que não prestamos a atenção por estarmos entretidos nos acontecimentos corriqueiros de nossas vidas. Desperdiçamos coisas simples que podem mudar e moldar nossas histórias aqui na terra. Mas e se pudéssemos voltar ao tempo e mudar certos acontecimentos? Será que valeria a pena.
Lembrei-me de um filme de Denzel Washington com o Deja vu  . Na película, ele entra numa máquina do tempo e volta ao passado para mudar o destino de um ser humano, que foi morto no presente.
Se você tivesse esse poder, mudaria alguma do seu passado?

Outra lembrança que me ocorre é de um trecho de uma música de Raul Seixas:

"HOJE É APENAS UM FURO NO FUTURO, ONDE O PASSADO COMEÇA A JORRAR".


"Pão e circo para o povo"



Dois acontecimentos no último fim de semana fizeram me remeter a uma citação do imperador romano Vespasiano, ao ser indagado do motivo da construção do Grande Coliseu de Roma. A aflição do povo em busca do dinheiro do Bolsa Família, logo depois de um boato propagado em que o mesmo seria extinto, e a reação da platéia em um evento de artes marciais - no caso o MMA - exemplificam o que o povo tupiniquim gosta: pão e circo.

Não vou aqui escrever sobre o efeito prático nas famílias com pobreza e extrema pobreza (segundo o próprio site do Governo) que se beneficiam de tal programa social. E nem me estender muito ao falar dos efeitos benéficos que um evento esportivo que se encontra em constante demanda pelo mundo pode resultar pelo país. Somente acho estranho que, no primeiro caso, como uma população pode se conter - e tentar sobreviver -  de benefícios sociais de um Governo em que sempre gostou de falar que a miséria está sendo erradicada no Brasil, vangloriando-se de um plano econômico que "freou" a inflação galopante com efeitos sobre as classes sociais mais pobres terem mais "poder aquisitivo". Público e notório que a prática não é exatamente isso o que acontece, e aquela velha separação de Estado/Povo prevalece como uma rocha firme na montanha, enquanto um dá esmola, o outro agradece.




Não sou contra a esportes de qualquer espécie. Por mais que seja beirando a barbárie (que eu penso que seja o UFC), ele traz sempre algum benefício ao ser humano, pelo simples fato de exigir exercício físicos independente do grau de esforço que se exponha. Há o lado social muito importante, a reintegração de pessoas ao convívio na sociedade pode ser feito através de modalidades esportivas desse tipo. Há vários exemplos espalhados pelo país de ONGs e outras instituições que fazem isso. Sem esquecer do mercado esportivo, cuja o aumento da movimentação econômica no setor é evidente em eventos voltados ao esporte, sendo bem organizado a nível de médio e grande porte. Mas no modelo "causa e efeito", o público que assiste ao evento do Mixer Martial Arts parece abraçar a violência vista nos ringues, se manifestando aos gritos de "vai morrer!" entre outros insultos aos adversários de seus compatriotas. Impossível não acreditar que essas atitudes fazem parte de uma violência banalizada, onde há vários produtores que propagam - mesmo indiretamente - esse comportamento, como a grande mídia. Mas isso é uma outra história e bem mais complexa .

Também não vou dar uma de puritano. Claro que percebo que a luta em si precisa de torcida e o brasileiro há tempos demostrou que apóia os atletas nacionais. Futebol, Vôlei, Basquete, Judô e Natação são alguns de muitos esportes em que todos nós já gritamos e torcemos pela vitória brasileira. Mas o UFC vem demostrando que esse pensamento positivo não garante mais a atenção de certas pessoas. Os atletas desses eventos não tem culpa alguma de aguçar esse instinto selvagem. Embora a provocação seja parte do evento, todos eles são seres humanos e possuem responsabilidades como todo cidadão do mundo. Mas como em Roma, são jogados as arenas para disputar quem é mais forte. Com a diferença de não lutarem até a morte e nem receberem veredito mortal de um imperador.
Assim como Vespasiano, vejo que o Governo e a mídia, um casal com um relacionamento muito antigo e cada vez mais sólido, dá o povo o que ele pede e merece...


World Press Photo

A partir de hoje (21 de maio) até o dia 23 de junho, rola na Caixa Cultural do Rio de Janeiro a exposição World Press Photo. O evento é realizado por uma organização internacional criada em 1955, com sede em Amsterdã, sem fins lucrativos de mesmo nome e que premia registros de fotojornalismos pelo mundo em diversas categorias, como notícias gerais, notícias local, questões contemporâneas, natureza, esportes, entre outras.

Depois de passar por São Paulo, é a vez do Rio abrigar a exposição que mostra todas os trabalhos registrados pelas lentes de vários fotógrafos pelo mundo a fora, em 2012. Após  terras cariocas, o World Press Photo irá para Fortaleza. Abaixo, a fotografia escolhida como a foto do ano de 2012 feita pelo sueco Paul Hansen, mostrando um funeral de duas crianças mortas na Faixa de Gaza, região palestina.





Serviço:

Exposição World Press Photo 2013

Data: de 21 de maio até 21 de junho

Local: Caixa Cultural Rio de Janeiro - Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Galeria 5).

Horário: terça à domingo, das 10h às 21h.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Início




Esse blog, como muitos por aí, vai externar minhas opiniões sobre o mundo. Falarei bem mais de cultura, pois sinto mais a vontade no tema. Mas darei meus "pitacos" de vez em quando sobre política, futebol entre outros assuntos. Sinta-se a vontade em escrever o que achou, lembrando que a regra principal para uma boa conduta entre eu e você, leitor, calca no respeito, peça principal de um relacionamento entre os seres humanos.